Emoção é sempre bom. Mesmo quando é ruim. Eu não chego a ser assim um emo, mas me emociono com alguma facilidade. Mesmo assim, de vez em quando tenho um certo receio de não me emocionar com nada nunca mais. Ou pelo menos não com a intensidade que já me emocionei um dia. E ficar como aqueles anjos do Wim Wenders no Asas do Desejo. Sobrevoando Berlim eternamente, meio invisíveis, sacando tudo. Sem sentir absolutamente nada. Sem emoção nenhuma. Convenhamos, uma vida, ou pós-vida, de merda. Eu não quero ficar assim, por isso faço uma espécie de catálogo. Vou registrando algumas emoções pra resgatar quando elas fizerem falta.
Agora que estão começando as Olímpiadas, me lembrei de um ranking que fiz há 4 anos das emoções que senti durante os jogos de Atenas - com alguns detalhes do dia e do lugar onde assisti, pra facilitar a memória. Talvez Pequim seja uma merda. Talvez eu não me emocione mais. Mas, graças a lista aí embaixo, estou garantido.
1. Bronze do Vanderlei na Maratona depois do padre irlândes (domingo em casa).
2. Ouro do Vôlei – Brasil 3 x 1 na Itália (no mesmo domingo, em casa).
3. Derrota do Vôlei Feminino pra Rússia – depois de 24 x 19 pra nós no quarto set e match point no tie-break (na agência).
4. Prata do Baloubet / Rodrigo Pessoa – torcendo contra os adversários. (na agência)
5. Prata do Futebol Feminino – 1 x 2 pras gringas na prorrogação, com bolas na trave e pênalti não marcado (na agência, no mesmo dia do Vôlei Feminino).
6. Brasil 3 x 2 Itália - com 33 a 31 no tie-break, na primeira fase (na agência).
7. Passinho pra frente da Daiane (na agência, com 200 pessoas em frente à TV).
8. 17º lugar do Bimba na última regata, quando tinha tudo pra levar o ouro (em casa, às 7h da manhã).
9. Sexto ouro do Michael Phelps – batendo recorde olímpico meia hora depois de ter vencido também os 200m borboleta (na agência).
10. Pódio do Robert Scheidt, primeiro ouro brasileiro (domingo à noite em casa – VT).
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Um comentário:
E ninguém comentou essa porra? Bom, minha estréia. Quer dizer, tirando o 11 de setembro, involuntário. Tava junto na queda da Daiane. Parabéns pelos textos, papagaio cinza. Abraço caipira.
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